Assim como os brasileiros, os estrangeiros também desejam sair do país, conhecer uma nova cultura e aprender mais sobre a sua área de atuação. Fazer um intercâmbio para o Brasil é uma das formas que eles têm encontrado para realizar esse sonho, e o país tem recebido esses intercambistas de braços abertos.
De acordo com dados do Ministério do Turismo, o número de estudantes estrangeiros que vêm ao Brasil aumentou mais de 60% nos últimos anos: eram 66 mil em 2003 e, em 2014, foram mais de 100 mil! Isso sem contar os intercambistas que chegam para trabalhar e realizar voluntariado.
A maioria dos estrangeiros que chegam ao Brasil para uma experiência internacional tem incentivos das famílias e das universidades para se aventurar. Entretanto, muitos intercambistas têm medo, pois estão acostumados a imaginar o país como um lugar caótico, violento e, ainda, sem entender completamente a língua portuguesa.
Esses visitantes têm um perfil bastante comum: eles têm entre 18 e 32 anos e esperam obter melhores oportunidades profissionais após a vivência no estrangeiro. Entre as cidades mais populares, estão São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Curitiba e Salvador.
Colombianos, portugueses, franceses e angolanos são os mais interessados a deixar os destinos mais procurados, como como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e Austrália para descobrir esse país tropical repleto de peculiaridades.
Devido à alta do dólar, viajar para o Brasil se tornou uma opção muito mais econômica, principalmente para os intercambistas originários de países onde a moeda também está valorizada, como América Latina e África. Até mesmo os europeus têm aproveitado o atual momento econômico para conhecer o país.
Muitas vezes, o país sequer é a primeira opção dos interessados em ter uma vivência internacional, mas, ao contabilizar os custos com documentação, tradução juramenta, passagens aéreas, alimentação e moradia, o Brasil sai na frente de seus concorrentes.
Aos olhos de intercambistas originários da América Latina, o Brasil possui melhores condições de estudo e emprego, o que motiva a vinda de colombianos, argentinos, bolivianos e chilenos. Embora muitos façam do país verde e amarelo moradia permanente, existe uma boa parte que vem para realizar alguns semestres da graduação ou toda a pós-graduação.
As áreas de estudo que mais despertam o interesse dos intercambistas varia: letras, história e pedagogia já são tradicionais, mas, nos últimos anos, engenharia, tecnologia e empreendedorismo estão se destacando, além de oportunidades na área de saúde.
Graças ao progresso das relações políticas, as universidades federais estão conseguindo promover cada vez mais a troca de estudantes. São acordos universitários que oferecem diversos tipos de bolsa, com ou sem auxílio financeiro, para que os estudantes estrangeiros venham aprender no país.
A iniciativa também encheu as universidades estaduais de intercambistas e até mesmo as unidades privadas têm realizado acordo com escolas estrangeiras para facilitar o intercâmbio para instituições de referência, especialmente na Europa, em países como Portugal e Itália.
Fazer um estágio internacional é um mérito muito desejado para colocar no currículo. Quem chega ao Brasil com esse objetivo muitas vezes também vai estudar em uma instituição de ensino parceira e trabalhar meio período na universidade que o receberá ou em empresas privadas, fundações e entidades.
Como o oferecimento de bolsa auxílio é muito comum nos estágios brasileiros, eles acabam recebendo uma remuneração que é usada para conhecer o país e consumir produtos locais, estimulando a economia nacional e garantindo economia nas despesas.
O Brasil acabou de sediar dois grandes eventos internacionais, as Olimpíadas e a Copa do Mundo. A oportunidade possibilitou a vinda de muitos intercambistas, entre estudantes de cursos relacionados a esportes e comunicação, até de profissionais que vieram experimentar na pele o envolvimento com as competições, principalmente os que trabalham em grandes companhias de eventos, marketing, construção, tecnologia e nas empresas que estavam diretamente ligadas aos acontecimentos que atraíram a atenção do mundo.
Intercâmbios com propósito sociais são cada vez mais comuns, e como o Brasil apresenta fragilidades quando se fala em distribuição de riquezas, alimentação, moradia e outros interesses da sociedade, o destino é muito procurado.
Os intercambistas chegam para trabalhar gratuitamente em um projeto social que já esteja consolidado, executando tarefas como ensino de língua estrangeira, construção de abrigos e assistência médica para a população dos locais mais carentes do país em troca de moradia e alimentação, geralmente em casas de famílias brasileiras ou em centros feitos especialmente para receber esses estrangeiros.
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